Meu armário tem duas portas corrediças
Cobertas por espelhos
E um dia deixei as portas sobrepostas
E sentei na cama
De frente para a abertura
De onde eu estava
Não podia me ver
Já que o espelho estava
Onde eu não podia alcançar
Só se me mexesse
E me colocasse em outro lugar
E senti falta de me ver
Senti falta da minha imagem
Só via a outra metade da cama
E havia me tornado invisível sem querer
Como na vida que levava
Preciso me levantar
Fechar essa porta
E me olhar no espelho
Ver como sou bonita
Como ainda existo
Sunday, 30 November 2014
Friday, 28 November 2014
Quando me calo
Quando me calo, consinto com sua fala
Sua sala de espelhos repletos de imanges tortas
Quando te comportas vejo um rio de falsas atitudes
E vicissitudes amiúde o meu sofrer
E no meu entender me faço gente
Rente, quente e fremente de ardente paixão
E de paixão se fazem os sonhos risonhos
Enfadonhos de tanta felicidade
E na felicidade se esconde o cinismo
O modismo, o realismo, o facismo
Quem precisa do triste, fica em riste
à espera do deslize necessário
O belizário conta o conto dormente
Demente, sedento, escorrendo
O córrego sangra de mortes não vividas
A vida explode de saudades esquecidas
O universo se encanta com a matança
Das células descarnadas dos objetos inanimados
Os desalmados se revigoram na saga sentida
Dessa dor esquecida, sofrida, fingida
Quando me calo permito a sua invasão
Seu coração me atinge com armas de fogo
Quando me calo meu medo me mata
E nessa morte eu vivo há muito tempo...
Sua sala de espelhos repletos de imanges tortas
Quando te comportas vejo um rio de falsas atitudes
E vicissitudes amiúde o meu sofrer
E no meu entender me faço gente
Rente, quente e fremente de ardente paixão
E de paixão se fazem os sonhos risonhos
Enfadonhos de tanta felicidade
E na felicidade se esconde o cinismo
O modismo, o realismo, o facismo
Quem precisa do triste, fica em riste
à espera do deslize necessário
O belizário conta o conto dormente
Demente, sedento, escorrendo
O córrego sangra de mortes não vividas
A vida explode de saudades esquecidas
O universo se encanta com a matança
Das células descarnadas dos objetos inanimados
Os desalmados se revigoram na saga sentida
Dessa dor esquecida, sofrida, fingida
Quando me calo permito a sua invasão
Seu coração me atinge com armas de fogo
Quando me calo meu medo me mata
E nessa morte eu vivo há muito tempo...
A busca do meu eu
Onde esta o meu alento
A minha forca, o meu tempo?
Aonde foi minha vitoria
Minha alegria, a minha historia?
Por que so me resta este naco
Este pouco de esperanca
Este reles fato?
Me prometeram autonomia
Liberdade e engrandecimento
Mas so recebi letargia
Impunidade e constrangimento
Busco o meu eu
Aquele ser para chamar de meu
Se algum dia eu o encontrar
Talvez eu tambem o deixe escapar
Porque de tirania e usura
A minha forca, o meu tempo?
Aonde foi minha vitoria
Minha alegria, a minha historia?
Por que so me resta este naco
Este pouco de esperanca
Este reles fato?
Me prometeram autonomia
Liberdade e engrandecimento
Mas so recebi letargia
Impunidade e constrangimento
Busco o meu eu
Aquele ser para chamar de meu
Se algum dia eu o encontrar
Talvez eu tambem o deixe escapar
Porque de tirania e usura
Ja me basta na atual conjectura
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