Não consigo dominar
esta vontade louca
De usar cada pedaço de
papel que encontro
O que é uma folha em
branco senão
Uma segunda chance de
pedir perdão?
Hoje escrevi uma poesia
Ontem retruquei uma
fantasia
Mas a folha de papel em
branco
Continua insistindo em
me atormentar em um canto
Amanhã usarei de todo
o meu coração
E falarei do meu amor
em uma canção
Mas este pedaço de
papel à minha frente
Continua à minha
espera, impaciente
Daqui a algum tempo eu
enlouqueço
Pois o papel não me
quer deixar em paz
Não posso amassá-lo e
jogar fora
Antes de escrever nele
o que sinto agora
Resignada, pego no
pedaço de papel em branco
Sinto o seu cheiro, a
sua textura
A caneta risca estas
palavras em pranto
E eu abraço este amigo
com ternura...
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